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Educação Especial: As Dificuldades Encontradas no
Ambiente Escolar para a Inclusão
Autor: Sheila
Mayzanyela da R. Braga
Data: 16/03/2012 |
RESUMO
O
presente trabalho objetiva conhecer as dificuldades encontradas no ambiente
escolar para a inclusão de crianças portadoras de necessidades especiais. E
fato que algumas instituições de ensino não possuem estrutura adequada, além
disso, poucos profissionais da área da educação estão preparados para viver
esse novo momento da educação brasileira, faz-se necessário que haja a quebra
dos paradigmas e obter o conhecimento sobre as práticas pedagógicas adequadas
que possibilitará que esta nova realidade seja de fato efetivada. Os
objetivos aqui apresentados são identificar as dificuldades encontradas no ambiente
escolar para a inclusão, apontar alguns paradigmas que precisam ser quebrados
para a inclusão escolar e conhecer quais ações possibilitam a inclusão de
crianças com necessidades especiais no cotidiano escolar. A tipologia
utilizada neste trabalho é uma prática Real e de campo, os meios de
investigação usados foram visitas acadêmicas, pesquisa bibliográfica e
entrevista com perguntas fechados e abertos. Através deste estudo foi
possível identificar, avaliar e conhecer a importância da inclusão escolar para
a sociedade e principalmente para os portadores de necessidades especiais.
Esse estudo mostra ainda que a sociedade e mesmo as família de portadores de
necessidades especiais precisam aceitar e compreender que ser especial não é
ser incapaz, mas ser diferente e com capacidades surpreendentes. Este estudo
confirma que a sociedade não esta preparada para a inclusão.
1
INTRODUÇÃO
No
século XIX, portadores de necessidades especiais eram vistos como incapazes,
não havendo no momento algo que trouxesse esperança para mudar essa
realidade. Na sociedade da época esses indivíduos viviam as margens do
abandono social e até mesmo abandono da própria família. Somente no fim da
década de 60 ouve a iniciação a integração escolar com objetivo de inserir
portadores de necessidades nos sistemas gerais da sociedade, porém os
portadores de necessidades especiais é que deveriam adaptar-se a sociedade já
organizada, apesar de ser forte e decisivo esse movimento não trouxe
resultado satisfatório já que nada fora modificado dentro da sociedade na
época. A inclusão surge para romper com os paradigmas educacionais, após
todos esses anos de exclusão, essas crianças estão sendo olhadas com um olhar
mais humano e a inclusão escolar reflete bem esse novo momento de
desenvolvimento social e humano.
Esse
estudo objetiva identificar as dificuldades encontradas no ambiente escolar
para a inclusão, apontar alguns dos paradigmas que precisam ser quebrados
para a inclusão escolar, conhecer algumas das ações pedagógicas que
possibilitam a efetivação da inclusão de crianças portadoras de necessidades
especiais no cotidiano escolar. As dificuldades encontradas para a inclusão
vão desde a falta de estrutura adequada da escola, falta de preparo dos
professores até a falta de carinho, apóio e amor familiar para com essas
crianças.
2 AS
DIFICULDADES ENCONTRADAS NO AMBIENTE ESCOLAR PARA A INCLUSÃO.
A
educação especial diz respeito a atendimento específico de pessoas portadoras
de necessidades em instituições especializada; A educação inclusiva tem por
objetivo inserir portadores e não portadores de necessidades especiais em
salas de aula de escolas comuns. A inclusão escolar surgiu com a
"Declaração de Salamanca" na década de 90, com a ideia de romper
paradigmas educacionais existente na época. Após tantos anos de segregação e
isolamento hoje essas pessoas são reconhecidas como cidadãos.
A
inclusão escolar está diretamente relacionada com ações políticas,
pedagógicas, cultural e social, esse movimento junto torna possível a
interação de crianças com necessidades especiais junto com as crianças sem
necessidades especiais convivendo no mesmo ambiente escolar, aprendendo e
respeitando as diferenças.
Para
que a inclusão seja de fato efetivada é necessário que os sistemas
educacionais quebrem paradigmas. "Segundo Moreno (2009), os sistemas
educacionais concentra a educação no aprendiz, na qual favorece parte desses
alunos levando em consideração seu potencial."
A
educação inclusiva tem como um de seus princípios a valorização da
diversidade, respeito aquele que é diferente e não inferior:
O
princípio fundamental da educação inclusiva é a valorização da diversidade e
da comunidade humana. Quando a educação inclusiva é totalmente abraçada, nós
abandonamos a idéia de que as crianças devem se tornar normais para contribuir
para o mundo (KUNC, 1992 apud CÂNDIDO, 2009).
As deficiências não impedem a participação e contribuição dessas crianças
na sociedade, sabe-se que elas podem ser parte ativa da sociedade e agente
participativo em seu próprio desenvolvimento.As dificuldades encontradas nos ambientes escolares vão desde as péssimas condições das estruturas físicas das instituições, sabe-se que essas escolas foram construídas para uma sociedade cheia de barreiras de preconceitos o que dificulta fazer adaptações necessárias. A falta de formação dos professores também tem sido fator que dificulta a aprendizagem e adaptação das crianças com necessidades especiais nas escolas comuns, além do que são poucos os docentes que atuam nessa área da educação e muitos não querem trabalhar com crianças deficientes alguns por medo, receio, preconceito, falta de entusiasmo, baixos salários, além disso, os professores que estão na sala de aula não foram preparados para realizar esse tipo de atividade, o que os coloca em posição desconfortável e consequentemente prejudica o processo de inclusão escolar e de aprendizagem dos alunos, eles foram formados em um momento em que não havia esperança para essas pessoas, elas estavam as margens social. 3 A QUEBRA DE PARADIGMAS PARA INCLUSÃO NO AMBIENTE ESCOLAR A inclusão por si só é uma forma de romper com os paradigmas educacionais que marcavam a sociedade no passado, nos dias atuais sabe-se que as crianças com necessidades possuem e desenvolvem capacidade tanto quando as crianças sem necessidades, além do que ainda desenvolvem muitas outras habilidades para compensar as inexistentes e dessa forma podem contribuir para seu desenvolvimento pessoal e social. A sociedade brasileira ainda tem marcas profundas de desigualdade e preconceitos, com as novas políticas de inserção de pessoas com necessidades especiais, agora essas pessoas podem conviver e ter acesso aos bens e serviços que é de direito de todos os cidadãos brasileiros. Para incluir é necessário romper com os preconceitos criados pelas sociedades, para trabalhar com um objetivo de ter uma sociedade mais justa na qual os professores não tenham medo do novo, dando-lhes formação adequada para que se sintam seguros em sala de aula e possam passar um os conteúdos com qualidade. Melhorar o pensamento das crianças em relação ao colega que é diferente, ensinando-os a respeitá-los, pois muitas crianças chegam às escolas cheias de preconceitos, a própria sociedade precisa passar por reformas em sua forma de ver o próximo e esse é um longo caminho a ser percorrido para que as novas gerações tenham êxito na convivência com as diferenças, trabalhando o pensamento das crianças de hoje, elas serão os cidadãos de amanhã. A família precisa fazer parte desse processo, o amparo e compreensão familiar são imprescindíveis para a inclusão educacional e social, primeiramente é preciso que as famílias aceitem suas crianças, rompendo com o preconceito de que elas são dependentes para tudo, por outro lado, muitos pais superprotegem seus filhos não os levam para a escola na tentativa de não fazê-los sofrer. 4 AÇÕES QUE POSSIBILITAM A INCLUSÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS NO COTIDIANO ESCOLAR. Dentro do cotidiano escolar a criatividade e bom senso dos professores é uma das principais armas para o ensino-aprendizagem das crianças de crianças especiais e para isso algumas ações pedagógicas são necessárias nesse processo. Em casos de alunos superdotados é certo de que chegará um momento em que os professores não terão mais conteúdo para repassar para esses alunos, em nosso país como se sabe o nível intelectual é muito baixo e com isso esses alunos ficariam a deriva com a falta de conhecimento mais avançados. Conforme Silveira e Nascimento (2011, p.132) As crianças superdotadas precisam "[...] é da valorização e do incentivo de sua potencialidade para que se possa ter o desenvolvimento pleno de sua capacidade." Segundo as diretrizes básicas traçadas pelo ministério de Educação- MEC, no Brasil, as alternativas utilizadas são: enriquecimento curricular e aceleração, ou as duas combinadas. Tanto uma quanto a outra devem estar de acordo com as características da escola e adequadas à realidade do aluno. (SILVEIRA; NASCIMENTO, 2011, p.133). A escola deve se basear na LDB 9.394/96 e fazer as adaptações para não limitar os alunos com grandes capacidades, para que dessa forma eles possam continuar a desenvolver sua parte intelectual. Com as crianças surdas, mudas, cegas não é diferente gostar de trabalhar com elas, ser criativo e buscar novas alternativas e sempre favoráveis. Fazer adaptações de materiais de estudo, brinquedos, acessórios, instrumentos para que elas possam absorver o conhecimento assim como as demais crianças e acompanhar o currículo escolar. Ter uma equipe de professores, pedagogos, fonoaudiólogo, psicólogos entre outros especialistas para garantir o processo de ensino-aprendizagem e inclusão com qualidade. Comas crianças surdas ou mudas adotam-se nos dias atuais a abordagem bilíngüe, na qual o aluno adota a LIBRAS como primeira língua e o português como segunda língua. Na inclusão de aluno alunos surdo é preciso que a escola disponha de recursos como materiais visuais e concretos relacionados ao conteúdo escolar para que eles possam visualizar e tocar assim fazer a assimilação, pois esses alunos aprendem muito com o que podem ver. De acordo com Silveira e Nascimento (2011). A criança começa sua interação com o mundo, ainda na gestação através da audição. Com os deficientes visuais de baixa visão deve-se colocá-las cedo em contato com objetos que estimulam a visão. "[...] na criança, a visão é o agente desencadeador da motivação para a realização de movimentos e ações. A criança com deficiência visual necessita de intervenção para que sejam nela despertados o desejo, a curiosidade e a motivação para agir sobre o ambiente". (GAGLIARDO; NOBRE,2009, P.18 apud SILVEIRA; NASCIMENTO,2011, P. 78). Brincar com essas crianças é uma boa forma de ensinar e aprender, assim ela vai conhecendo objetos, texturas, forma, tamanho, cor e som usando as tato, além do mais desenvolve-se a autoestima, sentimentos afetivos e acabam por se tornar pessoas ativas, curiosas, que buscam sempre aprender mais. Utilizar recursos pedagógicos como óculos, lupas, softwares para passar o conteúdo pode facilitar e garantir o ensino-aprendizagem de qualidade, e necessário está atento ao contraste das cores e a luz do ambiente. Para as crianças cegas utiliza-se o Braile, a Reglete de metal, máquinas datilográficas o sorobã e ainda as atividades da vida diária que os auxilia bastante e os ajuda a tornarem-se independentes, neste processo é muito importante a ajuda dos pais e professores de estimulação. REFERÊNCIAS TAFNER, Elisabeth Penzlien; SILVA, Everaldo da. Metodologia do Trabalho Acadêmico. Indaial: Ed. Grupo UNIASSELVI, 2009. MORENO, Patrícia Cândido. As Dificuldades da Escola Perante a Inclusão Escolar. Disponível em: <http://www.pedagogia.com.br/artigos/incluescolar/index.php>. Acesso em: 17/04/2012 |
domingo, 13 de maio de 2012
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